Sou uma cínica à espera do improvável,
indivisível no amor,
desatenta a tudo que não me interessa,
profana na paixão.
Sou uma carta ainda não lida,
escrita a punho e sangue
de um poeta anônimo.
Sem a noção do que me espera,
eu danço e rio sobre a minha sina.
Sou amante das estrelas
e só esse céu me detém
quando não há quem me leia,lentamente,
e com a pausa das entonações adversas.
Sou a carta que todo mundo pensa ler,
mas por poucos aberta e lida.
Sou a letra M indecente,
que percorre com fogo sob tua roupa,
a desvendar o poema que ainda não nasceu.
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