Sempre fui alva, quase pálida ousaria dizer.
Mas não vim ao mundo assim, desprovida de cor.
Vim salpicada de sardas, como se elas fossem meu tempero, meu sal.
Há quem não goste, quem tente tirá-las. Eu não.
Sardas são minha mesura e minha ousadia.
São pedacinhos de cor, atrevidos, que fizeram verão em meu corpo.
Chegam a ser constelações, via lácteas pintadas no meu firmamento.
Sardas são pingos de luz, pequenos topázios cravados na pele.
São meu pedaço tropical, minha morenice.
Sardas se multiplicam sob o sol, provocam... querem ser contadas.
E há quem tenha forte inclinação por elas...
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